Oi, gente! Tudo bem com vocês? O post de hoje vai ser um
desabafo meu e bem como vocês sabem, ou não, sou cadeirante.
A tal “inclusão social” ou geral de pessoas “especiais” -
que não são especiais pelo tipo de limitação que portam, e sim pelo que são - não
está totalmente integrada como algumas pessoas pensam e falam. Sei que esse
assunto já é meio clichê, mas para isso parar de ser o que é, as pessoas já
integradas e normais, precisam ver que existem pessoas com uma normalidade um
pouco diferente da maioria, pois elas agem como se existissem... sei lá só 6
mil cadeirantes no mundo, mas são milhões e não é uma realidade incomum de se
ver.
Outro dia, fui ao cinema e já tento consciência de teria de
ser carregada no colo para ver melhor o filme, mas área para cadeirantes? Tem
sim, mas é terrível (pelo menos no cinema que fui), é separado das poltronas
normais que no meio das fileiras só tem degraus e ficar lá área para
cadeirantes é ótimo para quem quer ter imensa dor no pescoço já que a área fica
tão perto da tela que não se consegue ver com amplitude e também está abaixo de
tudo.
Quando era mais nova, não me importava de ser carregada até
as poltronas ou qualquer lugar que vá, mas hoje não me sinto confortável com
isso ou em situação semelhante. Em relação a esse cinema pode-se concluir que
em algumas situações não há acessibilidade e quando há fazem errado.
Também um tipo de limite social de interação entre andantes
e cadeirantes, algumas pessoas nos tratam como crianças, só porque estamos
sobre rodas, não vendo a pessoa que está além delas.
E será que um dia nós seremos incluídos integralmente na
sociedade? Tanto na forma acessível quanto na forma social? Será que vamos
deixar de ser “diferentes” nesses quesitos?
Boa noite,
Brisa